sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Ecologia vegetal

As plantas são o elo produtor de matéria orgânica da cadeia alimentar nos meios marinho, aquático e terrestre. São, portanto, o primeiro elo da cadeia, que sustenta todos os elos seguintes. Além de fornecer alimento a animais, fungos, bactérias e protistas, as plantas também fornecem abrigo a estes seres e a seus ovos e as suas crias.
No entanto, a predação não é a única relação ecológica a que as plantas estão submetidas, existindo também relações benéficas, como as observadas entre plantas e polinizadores. Em algumas espécies, existem associações com certos insectos, como formigas, que recebem abrigo ou alimento da planta, protegendo-a, em troca, contra predadores.
Há mesmo plantas que dependem de outras plantas. Algumas famílias botânicas, constituídas por plantas parasitas, dependem da seiva de outras espécies para obter nutrientes. Existem também milhares de espécies epífitas que dependem de plantas maiores para se alojar, normalmente não causando qualquer dano ao hospedeiro.

Nutrição mineral das plantas

O estudo da nutrição vegetal e do crescimento das plantas envolve a caracterização de elementos minerais essenciais. Um nutriente essencial é aquele sem o qual a planta não cresce normalmente nem completa o seu ciclo de vida, a menos que uma quantidade mínima desse nutriente lhe seja suprida. Na natureza, estão à disposição das plantas, envolvendo quase todos os elementos da tabela periódica, pelo que só se conhecerão os nutrientes minerais necessários a um óptimo crescimento vegetal através de uma análise das cinzas desse mesmo vegetal. No entanto, esta análise não invalida o estudo do crescimento vegetal, uma vez que alguns compostos, como o azoto e o enxofre, volatilizam durante a combustão.
Os estudos do crescimento vegetal podem ser efectuados em culturas hidropónicas, ou em culturas em meio arenoso. Uma cultura hidropónica permite a uma planta o crescimento fora do solo, pois consiste no suprimento de nutrientes minerais através de uma solução. A maior parte dos elementos são absorvidos da solução em forma iónica, embora alguns também sejam retirados do ar. Através de uma cultura hidropónica podem isolar-se nutrientes, verificando quais os nutrientes essenciais a uma dada planta e estudar as carências que originam: relacionadas com a função do nutriente no organismo da planta, com o local onde ocorre a carência e a mobilidade do nutriente no corpo da planta.
Tal como em culturas hidropônicas, as culturas em meio arenoso propiciam às plantas um meio físico de sustentação ao qual são adicionados os nutrientes a testar. Contudo, esta técnica não possibilita o conhecimento efectivo da composição do meio, o que é que pode ser desprezível dependendo do nutriente a ser testado. Nos estudos do crescimento vegetal é comum haver um controle do pH da solução, pois este fator pode interferir no desenvolvimento das plantas e na disponibilidade dos nutrientes na solução.

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Reprodução Assexuada

Tipo de reprodução em que intervém um só progenitor, não havendo a participação de células reprodutoras ou gâmetas na formação dos novos indivíduos. Ocorre nos procariontes, na maioria dos seres vivos unicelulares eucariontes e em alguns organismos multicelulares, como, por exemplo, nas plantas. É um processo rápido.A fecundação e a meiose estão ausentes na reprodução assexuada. O aumento do número de indivíduos ocorre por mitoses sucessivas, mantendo-se constante o número de cromossomas. Os novos indivíduos são geneticamente idênticos ao progenitor. Assim, na ausência de mutações, a reprodução assexuada não contribui para a variabilidade genética, o que constitui uma desvantagem porque os seres vivos que apresentam este tipo de reprodução não se adaptam com facilidade a alterações ambientais.Existe uma variedade de estratégias da reprodução assexuada, nomeadamente a bipartição, a gemulação, a divisão múltipla, a fragmentação, a multiplicação vegetativa e a partenogénese.

Reprodução Sexuada

Tipo de reprodução que requer a união de duas células reprodutoras especializadas, os gâmetas, para a formação de um ovo (ou zigoto), que dá origem a um novo indivíduo. A reprodução sexuada ou sexual inclui dois processos fundamentais: a meiose e a fecundação.É na meiose que se formam os gâmetas que intervêm na reprodução sexual. Uma vez que este tipo de divisão celular reduz o número de cromossomas da célula para metade, cada um dos gâmetas é uma célula haplóide.Durante a fecundação ocorre a duplicação cromossómica com a fusão dos dois gâmetas, um masculino e um feminino, e com a fusão dos dois núcleos - cariogamia -, que repõe o número de cromossomas característico da espécie. Forma-se, assim a primeira célula do novo indivíduo, o ovo, cujo núcleo possui pares de cromossomas homólogos, cada um proveniente de cada um dos gâmetas. Por mitoses sucessivas, o ovo origina um novo indivíduo.A ocorrência da meiose, com redução cromossómica para a formação dos gâmetas, e da fecundação, com a duplicação cromossómica para a formação do ovo, permite manter constante o número de cromossomas característico de cada espécie ao longo das gerações.A informação genética do novo indivíduo é uma combinação entre a informação contida nos dois gâmetas que lhe deram origem. Portanto, a reprodução sexuada contribui para a variabilidade genética das populações, aumentando a capacidade de os indivíduos suportarem as alterações do meio e de sobreviverem em ambientes em mudança.A reprodução sexuada é um processo lento, produzindo, normalmente, um número reduzido de descendentes.Existem várias estratégias de fecundação sexuada.A reprodução sexuada ocorre nos animais superiores e nas plantas superiores, podendo ocorrer na maioria dos seres vivos a par da reprodução assexuada.Normalmente, nos animais são necessários dois indivíduos, um masculino e o outro feminino. Contudo, existem animais hermafroditas em que a autofecundação ocorre. As plantas, na sua maioria, possuem tanto órgãos masculinos como femininos que podem autofecundar-se.

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Gimnospérmicas

As gimnospérmicas ou gimnospermas (do grego gimnos = nu / sperma = semente) são plantas vasculares com suas sementes desprotegidas, inseridas em escamas que formam uma estrutura mais ou menos cônica (pinha). Diferenciando-se assim das angiospérmicas, que têm suas sementes envoltas por um fruto, gerado por um ovário.
As gimnospérmicas já foram tidas como um grupo natural, no entanto algumas descobertas
fósseis sugerem que as angiospermas evoluíram de um ancestral gimnosperma, fazendo das gimnospermas um grupo parafilético se todos os táxons extintos forem incluídos. A cladística apenas aceita táxons monofiléticos, atribuíveis a um ancestral comum e que incluam todos os descendentes desse ancestral comum. Dessa forma, enquanto o termo "gimnosperma" é ainda largamente utilizado para plantas não-angiospermas com sementes, as espécies de plantas que antes eram tratadas como gimnospermas são usualmente distribuídas em quatro grupos, aos quais são dados iguais rankings como divisões do reino Plantae.

Angiospérmicas

As Angiospérmicas (das palavras gregas que significam sementes escondidas) - as plantas com flores - agrupadas na Divisão Magnoliophyta ou Anthophyta, do grupo das Espermatófitas, são o maior e mais moderno grupo de plantas, englobando cerca de 230 mil espécies.
(Em grego angio significa proteção, e sperma significa semente. Desta forma, as Angiospérmicas são aquelas plantas cujas sementes estão protegidas, encerradas em um fruto pelo menos até o momento da sua maturação.)
As principais características das Angiospérmicas incluem óvulos e grãos de pólen encerrados em folhas modificadas inteiramente fechadas sobre eles, respectivamente o carpelo e a antera. Estes órgãos podem encontrar-se juntos ou separados em estruturas especializadas, as flores. Estas por sua vez são normalmente providas de um cálice (as sépalas) e uma corola (as pétalas), que têm a função de proteger os órgãos reprodutivos, ao mesmo tempo que podem atrair insetos polinizadores pelo seu colorido intenso, seu perfume, ou suas formas diferenciadas.
Quando os carpelos são fertilizados e seus óvulos fecundados, desenvolve-se a semente em uma estrutura fechada, o fruto. Os frutos podem ser secos e capsulares, ou carnosos, e sua estrutura está ligada ao tipo de dispersão a que as sementes são submetidas.
As Angiospérmicas dividem-se tradicionalmente em duas grandes classes:
Dicotiledôneas (ou Dicotyledoneae, ou Magnoliopsida), representada por uma imensa variedade de vegetais, inclusive as leguminosas, magnólias, margaridas e ipês; e
Monocotiledóneas (ou Monocotyledoneae, ou Liliopsida), que incluem lírios, bromélias, palmeiras e orquídeas

Caracteristicas do reino plantae

O Reino Plantae é um dos principais grupos em que se divide a vida na Terra. São, em geral, organismos autotróficos, cujas células incluem um ou mais organelos especializados na produção de material orgânico a partir de material inorgânico e da energia solar, os cloroplastos.
A classificação biológica mais moderna procura enfatizar as relações evolutivas entre os organismos: todas as espécies incluídas nesse grupo devem ter um antepassado comum.
Assim, pode-se definir-se da seguinte forma o Reino Viridaeplantae ("plantas verdes") ou apenas Plantae:
"É um grupo monofilético de organismos eucarióticos que fotossintetizam usando as clorofilas a e b, armazenam os seus produtos fotossintéticos, tal como o amido dentro de cloroplastos, que são organelos com uma membrana dupla; as células destes organismos são revestidas duma parede celular feita de celulose".
Com esta definição, ficam fora do Reino Plantae as algas castanhas, as algas vermelhas e muitos seres autotróficos unicelulares ou coloniais, atualmente agrupados no Reino Protista, assim como as bactérias e os fungos, que constitutem os seus próprios reinos.